Desafio colectivo <br> para reforço do Partido

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«A cam­panha tem igual­mente um im­por­tante sig­ni­fi­cado po­lí­tico»

Mais do que uma cam­panha de fundos, trata-se da «afir­mação de um par­tido di­fe­rente, que afirma essa di­fe­rença e o com­pro­misso que dela de­corre; que as­senta nas suas pró­prias forças, nas raízes e no apoio dos tra­ba­lha­dores e do povo, na sim­patia e es­tí­mulo de tantos de­mo­cratas e pa­tri­otas; que afirma a sua in­de­pen­dência po­lí­tica e ide­o­ló­gica, a sua pers­pec­tiva au­da­ciosa e con­fi­ante num Por­tugal com fu­turo, na de­mo­cracia avan­çada, no ideal co­mu­nista e no seu ob­jec­tivo duma so­ci­e­dade livre da ex­plo­ração e da opressão do ca­pi­ta­lismo, uma so­ci­e­dade so­ci­a­lista», su­bli­nhou Je­ró­nimo de Sousa no lan­ça­mento da ini­ci­a­tiva que tem por ob­jec­tivos saldar o com­pro­misso fi­nan­ceiro as­su­mido com a compra da Quinta do Cabo, e, si­mul­ta­ne­a­mente, con­tri­buir para o for­ta­le­ci­mento do PCP.
A an­te­ceder a in­ter­venção do Se­cre­tário-Geral do PCP no co­mício, apre­sen­tado por Ma­nuela Pinto Ângelo, do Se­cre­ta­riado do Co­mité Cen­tral, e em cuja mesa es­ti­veram mem­bros dos or­ga­nismos exe­cu­tivos do CC e da Di­recção Na­ci­onal da JCP, bem como mem­bros do se­cre­ta­riado da Festa do Avante!, Se­bas­tião An­tunes e os «dois ca­ma­radas», como os apre­sentou, que o acom­pa­nharam no apon­ta­mento mu­sical de­sen­ca­de­aram a festa.
Por mo­mentos, a pla­teia que lo­tava o Palco 1.º de Maio es­ten­dendo-se até ao cimo do morro si­tuado entre a tenda e o Lago da Quinta da Ata­laia re­gressou ao am­bi­ente ali vi­vido no pri­meiro fim-de-se­mana de Se­tembro. Nada de es­tranho, afinal, como as­si­nalou Cân­dido Mota, ci­ce­rone do es­pec­tá­culo. Era obri­ga­tório in­cluir na oca­sião «a força da canção e da mú­sica, de que este ter­reno está tão lar­ga­mente se­meado», afirmou.
Re­gresso à Festa logo em se­guida re­for­çado pela pro­jecção de um vídeo sobre o per­curso, his­tória e vi­ta­li­dade dessa «grande obra co­lec­tiva» para a qual con­vergem «mi­lhares de sa­beres, von­tades e muitas horas de tra­balho mi­li­tante, sem os quais esta Festa não seria pos­sível nem seria a Festa do Avante! que co­nhe­cemos», como disse Ale­xandre Araújo, do Se­cre­ta­riado do PCP e o pri­meiro a in­tervir.
Festa do Avante! que é «de Abril, do povo e da ju­ven­tude» e que «cons­titui uma grande de­mons­tração da ca­pa­ci­dade de re­a­li­zação dos co­mu­nistas e do seu Par­tido, con­tri­buindo para com­bater pre­con­ceitos, para a apro­xi­mação de mi­lhares de pes­soas ao Par­tido, para ajudar a mos­trar o que ver­da­dei­ra­mente é, de­fende e propõe o PCP, quais são os seus va­lores, o seu ideal e pro­jecto», ex­plicou pos­te­ri­or­mente Je­ró­nimo de Sousa.
«Festa do Avante! que é, ao mesmo tempo, um im­por­tante es­paço de par­ti­ci­pação e en­vol­vi­mento de muitos sim­pa­ti­zantes e amigos» e faz parte das «re­fe­rên­cias da ju­ven­tude de su­ces­sivas ge­ra­ções, do per­curso de vida de cen­tenas e cen­tenas de mi­lhares de por­tu­gueses que com as­si­dui­dade anual, de forma mais ou menos re­gular [nela] par­ti­ci­param e par­ti­cipam», in­sistiu o Se­cre­tário-Geral, antes de notar que aquela «re­a­li­zação de ca­rac­te­rís­ticas ím­pares» alia har­mo­ni­o­sa­mente «os va­lores e pro­jecto do PCP, a ri­queza da ex­pressão cul­tural que emerge do povo por­tu­guês e uma di­mensão in­ter­na­ci­onal e in­ter­na­ci­o­na­lista», cons­ti­tuindo «um con­tri­buto do PCP para o en­ri­que­ci­mento e va­lo­ri­zação do pa­no­rama cul­tural do nosso País.»

Além do cupão

De­pois de con­cen­trar o seu dis­curso na aná­lise da si­tu­ação po­lí­tica, eco­nó­mica e so­cial na­ci­onal, de de­nun­ciar as ma­no­bras que visam impor ao povo a al­ter­nância, e de abordar as ta­refas e in­ter­venção do Par­tido, em par­ti­cular «a acção po­lí­tica na­ci­onal sob o lema “A Força do Povo, por um Por­tugal com fu­turo – uma po­lí­tica e um go­verno pa­trió­ticos e de es­querda”», Je­ró­nimo de Sousa voltou a focar a ini­ci­a­tiva de re­colha de fundos.
Cam­panha com «um ob­jec­tivo fi­nan­ceiro» que, as­se­gurou, «vamos al­cançar», mas que tem igual­mente um im­por­tante sig­ni­fi­cado po­lí­tico», sa­li­entou, uma vez que «se in­tegra no re­forço do Par­tido e apoia-se na acção de con­tacto com os seus mem­bros para a ele­vação da mi­li­tância, en­trega do novo cartão e ac­tu­a­li­zação de dados.»
«A con­tri­buição para o Par­tido é um acto na­tural», acres­centou o di­ri­gente co­mu­nista, para quem «o PCP, pela sua na­tu­reza de classe, traço fun­da­mental da sua iden­ti­dade, é um Par­tido que existe para os tra­ba­lha­dores e para o povo, cuja força, mo­bi­li­zação e ca­pa­ci­dade de in­ter­venção nasce dos tra­ba­lha­dores e do povo» e as­senta no grande co­lec­tivo par­ti­dário.
Um par­tido que «não de­pende nem quer de­pender do Es­tado ou dos grupos eco­nó­micos». In­de­pen­dência que, in­dis­so­ciável da sua au­to­nomia fi­nan­ceira, se traduz em vá­rios planos da sua vida, in­ter­venção e pro­jecto. Daí que seja «na­tural que muitos de­mo­cratas e pa­tri­otas sem par­tido, re­co­nhe­cendo o papel do PCP, o apoiem e con­tri­buam também no plano fi­nan­ceiro para a sua acção, ne­ces­sária, in­dis­pen­sável e in­subs­ti­tuível ao ser­viço do povo e da pá­tria por­tu­guesa».




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Neste nosso chão <br> semeamos Abril

Ini­ciou-se com um co­mício na Quinta da Ata­laia e uma vi­sita à Quinta do Cabo a cam­panha de fundos «Mais es­paço, mais Festa – Fu­turo com Abril», que o PCP lançou para a aqui­sição de um novo es­paço que per­mite am­pliar a maior ini­ci­a­tiva po­lí­tico-cul­tural re­a­li­zada em Por­tugal – a Festa dos tra­ba­lha­dores, do povo e da ju­ven­tude que pro­jecta e afirma os va­lores de Abril, se­mentes fe­cundas da nossa luta.